Conversas na Aldeia: Margarida e Emanuel (EntreSocalcos), de Loriga
A Margarida e o Emanuel são empreendedores do projeto EntreSocalcos, um projeto muito completo de turismo e lazer, em comunhão com a natureza, que surgiu em Loriga, uma das vilas que integra a rede de Aldeias de Montanha, no ano de 2020 e que tem vindo a ganhar asas e a levantar voo, provando que o empreendedorismo está vivo e que tem também neste território morada e futuro. É numa conversa com a Margarida e o Emanuel que inauguramos este novo espaço no blog, as Conversas na Aldeia.
Como surgiu o projeto “Entre Socalcos”? Já residiam no território?
Margarida: O projeto surgiu de uma ideia antiga, que era reabilitar a casa dos meus avós. A casa e toda a sua traça e originalidade tinham um potencial enorme e era realmente uma pena que se continuasse a degradar. Eu sou natural de Loriga e o Emanuel é natural de Folgosinho, ambos com alma serrana. Na época vivíamos em Seia e, ao decidirmos avançar com o projeto, mudámo-nos para Loriga. Assim, conseguimos seguir de perto a obra de reabilitação do edifício e pensar em algo que pudesse completar e valorizar a ideia do alojamento.
Em que consiste este projeto? Têm uma unidade de alojamento mas também proporcionam a atividades de exterior em contacto com a natureza… Falem-nos um pouco mais da oferta disponível.
Emanuel: Queríamos criar mais do que um alojamento, queríamos valorizar Loriga, toda a região, e sobretudo fazer com que o turista tivesse motivos para ficar mais do que uma noite. Como ambos gostamos de natureza e aventura, foi fácil avançar com a criação de atividades de exterior onde as pessoas pudessem desfrutar da envolvência. Assim, surgiu a ideia de fazer caminhadas, passeios em bicicleta de BTT eléctricas, passeios de jipe pela região e canyoning na ribeira de Loriga.
Para além das razões emocionais que vos ligam a esta vila, que outras razões estiveram na escolha deste local para o vosso projeto?
Margarida: Sou natural de Loriga e como todos os Loriguenses tenho um carinho muito grande pela Vila. Somos todos muito bairristas. Loriga tem tudo o que é preciso para acolher este projeto, sobretudo no que toca a recursos naturais. Estamos inseridos numa zona privilegiada do Parque Natural da Serra da Estrela e, apesar das limitações que daí advêm, nunca poderíamos escolher melhor local.
O edifício também conta uma história na qual toda a comunidade da vila se revê, correto? certo O próprio edifício em que estão instalados tem uma história e uma marca na comunidade correto?
Emanuel: Sim, o edifício funcionou como antiga escola primária e casa de professores nas décadas de 1930, 1940 e 1950. É um edifício cheio de história, com tetos lindíssimos em madeira, paredes de estuque pintadas, escadas de madeira com balaústres trabalhados… Tentámos preservá-lo ao máximo, reabilitando tudo o que era possível. Para além disso a zona em que o edifício está situado, “A Praça”, foi também ponto de encontro das gerações mais antigas. Nos balcões da antiga escola trocavam-se novidades conversas e experiências.
Margarida, a guardiã, e Emanuel, o aventureiro. Contem-nos o que estão na génese destes cognomes que tanto vos caracterizam.
Margarida: Os cognomes foram uma forma divertida de nos darmos a conhecer. De uma forma rápida as pessoas olham para estes cognomes e percebem alguns traços da nossa personalidade. Eu sou uma pessoa protetora e o meu papel na empresa é assegurar a sua salvaguarda. Acabo por fazer a salvaguarda do edifício e de toda a papelada inerente a empresa. Já o Emanuel é uma pessoa muito mais prática, com mais espírito de aventura, adora o exterior e a natureza.
O reconhecimento tem vindo a surgir e as avaliações dos clientes, no que ao hostel diz respeito, colocam o vosso projeto num patamar de grande qualidade. Como olham para esse reconhecimento do público?
Emanuel: O reconhecimento é muito bom e claro que gostamos que as pessoas se sintam bem quando estão no nosso alojamento ou a fazer alguma das nossas atividades. No entanto, o mais importante para nós é assegurar que as pessoas se sentem em casa e que têm um papel importante no desenvolvimento do nosso projeto. Tentamos tratar todas as pessoas que cruzam o nosso caminho da mesma forma que gostaríamos de ser tratados.
Como olham para o projeto das Aldeias de Montanha? Faltava de facto unir as Aldeias de Montanha desta região e criar dinâmicas em conjunto para atrair visitantes e juntar comunidades?
Margarida: É efetivamente importante e meritório todo trabalho desenvolvido pelas Aldeias de Montanha. É de louvar todas as iniciativas para valorizar o nosso território, as nossas tradições, gastronomia… Estas iniciativas acrescentam cada vez mais à região, divulgando o que a serra tem de melhor.
Para terminar, se tivessem a oportunidade de fazer um convite para que vos visitassem, como o fariam? O que têm de especial para oferecer? Porque merece Loriga uma visita mais demorada?
Emanuel: Loriga é a “Suíça Portuguesa”, tem a melhor combinação de natureza, história e diversidade. Os trilhos verdejantes, as magníficas paisagens, as cascatas de tirar a respiração, a zona antiga da vila… São de facto elementos a ponderar para uma visita mais demorada. A diversidade das paisagens é outro elemento importante, pois Loriga consegue oferecer paisagens que mudam com as diferentes estações do ano. Assim importa referir que o turista deve fazer visitas mais longas, mas também mais frequentes. O EntreSocalcos e os nossos serviços procuram criar uma ligação mais forte do ser humano com a natureza, oferecendo-lhes a oportunidade de chegar a locais magníficos, muito difíceis de descobrir sem uma pequena ajuda.
Texto de Fernando Teixeira | Fotografias cedidas pelo EntreSocalcos
Experiência com segurança , confiança, sabor, alegria e perseverança!!!
Um dia para passar com amigos e família!!
Uma experiência que vão querer repetir!!
Obrigada ????